domingo, 10 de abril de 2011

Opinião: Oblívio, de Filipe Faria

Chancela: Editorial Presença
ISBN: 9789722344807
Formato: Capa mole
Dimensões: 15 x 23
Núm. De páginas: 608
Géneros: Fantasia

Sinopse: A Manopla de Karasthan juntou-os. Os Filhos do Flagelo uniram-nos. As Marés Negras marcaram-nos. A Essência da Lâmina separou-os. As Vagas de Fogo deram-lhes esperança. O Fado da Sombra destruiu-a.

Tomados pelo desânimo, os companheiros enfrentam agora o seu maior desafio e o Oblívio ameaça a própria existência, da mesma forma que parece ser a sua única salvação. Na mais negra hora de Allaryia, a Sombra ergue-se triunfante, mas nem tudo o que parece o é, e ainda falta a’O Flagelo jogar a sua última cartada…

Opinião: Em 2002, quando começou esta aventura, estava a dar os primeiros passos pela fantasia, mas considerava-me já uma especialista. Tanto é que quando peguei n’A Manopla de Karasthan, eram tantas as semelhanças com outros autores (de culto) que tive grandes dificuldades em continuar a ler. Só lá muito para o final, algures entre o segundo e o terceiro volume é que a história se desviou, no meu entender, do óbvio. E aí sim, começou a dizer-me algo mais, diferente e conheci Allaryia com os olhos, não do turista mesquinho, mas do viajante que chegava a casa. Por isso fiquei num estado de excitação infantil quando li que estaria para sair o último volume destas crónicas, o último e derradeiro. Aquele que colocaria o ponto final nesta história.
Não é bem um ponto final. Acrescentei por minha autonomia mais dois, ficando com umas reticências, porque me soube a pouco. Acabei de ler Oblívio e senti-me como no final de As Duas Torres, de Tolkien. Com a sensação de que a história ainda não acabou, que parámos num momento chave, mas não o final. Mais como uma pausa. Não porque não seja um bom término para As Crónicas de Allaryia (porque, bem vistas as coisas, é), mais porque ficaram demasiadas coisas por responder, demasiadas questões no ar, demasiados futuros que acenavam com um “até já”. Mas terminou. Talvez daqui a uns tempos Filipe Faria revisite Allaryia e nos traga outras respostas, mais respostas, um epílogo diferente.
Até lá, esta Allarya foi recheada de coisas boas, e este livro, pelo todo das crónicas, merece uma nota de excelente.

8/10

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