quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Alive'2012 - dia 01

#01 - 14 de junho
muito, muito tempo depois, finalmente surge a oportunidade de falar um bocadinho daquele que foi o segundo (e, ao que parece) último festival do ano. Isto porque este ano, para minha infelicidade, não vou a Paredes de Coura, ver os meus Crystal Fighters... mas não há dinheiro para tudo e não se pode ter tudo. Mas voltando ao que interessa... começa o Optimus Alive 2012, depois de uma viagem atribulada entre fazer um exame, passar em Leiria, apanhar autocarro para Lisboa, daí seguir para Algés, enfim, ainda foi um bocado, já com um dia perdido (por causa do dito exame). Mas não era por Justice que não ia dormir melhor. Fala-se então do segundo - para mim, primeiro - dia de Alive'2012.
Começar com Here We Go Magic, um concerto calminho, no palco Heineken, também calminho. Deu para sentar, apreciar a sombra, e a música. Não são o meu grupo preferido, não são sequer um grupo que me interesse assim por aí além, mas foi engraçado. Foi um bom concerto que, depois de tanta "viagem e correria", deu para começar a entrar no espírito da coisa.
Daí para o Palco Principal foi um pulinho - sem grande reconhecimento do local, é verdade. Os Noah and The Whale eram o primeiro grupo que eu queria ver, mesmo achando que não conhecia mais do que uma ou duas músicas, a verdade é que reconheci praticamente tudo o que tocaram. E não deu para parar de mexer! Foi bom, mesmo bom. Desde a L.I.F.E.G.O.E.S.O.N., a Shape of my heart, ou a Starnger. Mesmo estando relativamente longe (vá, ainda bastante), o concerto deu para aquecer. Life is Life, as they say ;)
Mas o melhor mesmo, melhor de melhor, ainda estava para vir... Apesar de mal habituada ao Primavera - com tempo mínimo entre concertos nos palcos principais, coisa que aqui não existia pela simples razão de que o espaço não comporta dois palcos principais (dah), aproveitou-se para comer, dar uma passada de novo no palco Heineken, ver uma ou duas músicas de Awolnation e Tricky. Um pequeno parêntesis para Tricky. Grande senhor, antigo Massive Attack, segundo me disseram, com um estilo de música que mistura o rock e o hip hop. O chamado Tripop (?) segundo também me disseram. Gostei particularmente de a meio do concerto, convidarem o público para ir para o palco. E lá foram, dezenas de fãs histéricos (que até se portaram bastante bem), cantar, dançar e, claro, tirar fotografias com o artista. Foi um momento bonito, numa música também bastante bonita. Foi um bom concerto. Mas era preciso era ir para o palco principal, para a segunda grande actuação da noite que se tornou a melhor de todo o festival.
Foram só demasiado grandes para este Alive. Os Munford & Sons foram o centro de uma alegria imparável, milhares de pessoas a gritar a uma só voz cada letra de cada música.
Sou sincera, não conhecia assim tanto - a Cave era a única que sabia cantar com letra. Mas foi como se soubesse todas as que tocaram, as que quase tocaram, as outras todas. Mas o melhor do concerto, foi o arrepio na espinha, de cada vez que o público entoava a uma só voz. Basicamente, passei o concerto com a espinha arrepiada..! Como ainda estava meio de dia, ainda deu para apreciar o por-do-sol ao som do folk britânico dos senhores. E ficar com a vontade de repetir, em casa, em loop. E continuo a fazer isso mesmo até hoje... =D
Finalmente, umas últimas linhas para os The Cure. Para mim, uma desilusão gigantesca e uma seca descomunhal. Mal ouvi que iriam ser três horas de concerto, só me apeteceu dar meia volta e ir para casa - o que, bem vistas as coisas, foi o que acabou por acontecer. Houve tempo de ouvir a Friday, é verdade. Mas isso já foi bem depois de decidido o "ir embora" e foi até, praticamente no "a caminho do ir embora".
A verdade verdade, é que o Cais do Sodré estava mais animado do que o Alive naquele momento - e na minha opinião, claro. sei que houve gente que adorou o concerto e que disse inclusive que foi o melhor de sempre. mas isto é uma opinião, e The Cure no Alive vai continuar a ser uma desilusão. Pelo menos dentro deste endereço web.
Valeu a força do folk britânico!


Foto 01 @Marta Costa - Here We Go Magic
Foto 02 @Marta Costa - Noah and the Whale
Foto 03 @Marta Costa - Mumford & Sons
Foto 04 @Marta Costa - The Cure

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