segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
BTT - Skipping
I saw this article the other day that asked, “Are you ashamed of skipping parts of books?” Which, naturally, made me want to ask all of YOU.
Do you skip ahead in a book? Do you feel badly about it when you do?
Não vou mentir, já me aconteceu passar páginas à frente, já li na diagonal, e já ignorei parágrafos inteiros de descrições e afins. Acho que toda a gente já o fez, uma vez ou outra. Não é nada de outro mundo.
Normalmente sinto-me um bocadinho mal, é verdade, mas não demais. Quando isso acontece, é porque os livros que estou a ler não estão a ser do meu agrado - significa isto que ou são muito longos, ou massudos, ou secantes...
sábado, 28 de janeiro de 2012
do cansaço
ando cansada. cansada de correr de um lado para o outro. cansada de ouvir e não conseguir falar. cansada de participar em tudo, mas não ganhar nada. cansada de me tornar o que era há uns anos atrás, mas sem a idade (e aparentemente sem o juízo) de há anos atrás.
sinto-me cansada de dormir. por isso não durmo. sinto-me cansada de estar, mas continuo a estar, a fazer, a ser. não há descanso dos justos quando os justos sofrem de insónias.
e o trabalho sabe-me a pouco. e sinto-me pouco.
mal paro em casa nos últimos tempos. mal saio para um café, um jantar, um social. mal vejo as pessoas e, quando as vejo, é como se já não as conhecesse. ou mal falamos, ou mal estamos, ou mal olhamos.
falta-me qualquer coisa. umas férias que não tenho, nem vou ter nunca. falta-me o tempo para as ter. falta-me a vontade para sair da rotina. que no fundo nem sequer é rotina. é um estar que não se está. um outro paradoxo qualquer. uma outra indecisão.
ando cansada. sinto-me cansada. e deixo de andar. deixo de sentir.
ainda não decidi se isso é melhor ou pior..
amanhã, igual.
sinto-me cansada de dormir. por isso não durmo. sinto-me cansada de estar, mas continuo a estar, a fazer, a ser. não há descanso dos justos quando os justos sofrem de insónias.
e o trabalho sabe-me a pouco. e sinto-me pouco.
mal paro em casa nos últimos tempos. mal saio para um café, um jantar, um social. mal vejo as pessoas e, quando as vejo, é como se já não as conhecesse. ou mal falamos, ou mal estamos, ou mal olhamos.
falta-me qualquer coisa. umas férias que não tenho, nem vou ter nunca. falta-me o tempo para as ter. falta-me a vontade para sair da rotina. que no fundo nem sequer é rotina. é um estar que não se está. um outro paradoxo qualquer. uma outra indecisão.
ando cansada. sinto-me cansada. e deixo de andar. deixo de sentir.
ainda não decidi se isso é melhor ou pior..
amanhã, igual.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
fiquei a pensar nisto
No outro dia perguntaram-me: que tipo de música ouves?
respondi que ouvia um bocadinho de tudo. Já houve um tempo onde isso bastava para continuar a conversa.
Mas a seguir, perguntaram-me: mas que bandas é que ouves??
respondi que não sabia muito bem, que ouvia muita coisa... que ouvia um bocado de tudo. Mas o que é tudo quando eles te respondem seis e sete bandas diferentes, das quais nunca ouviste falar? Fiquei a pensar nisso...
Depois, na mesma conversa, perguntaram-me: que livros costumas ler?
novamente respondi que lia algumas coisas. Mas maioritariamente fantasia.
E perguntaram-me: que tipo de fantasia?
como é que se explica a alguém com metade da nossa idade que gostamos de livros com "fadas e dragões", enquanto que eles lêem livros "de realidade"? Fiquei outra vez a pensar nisso....
Mais tarde perguntaram-me ainda: o que costumas fazer nos tempos livres?
respirei fundo. e respondi: nada. tempos livres são isso mesmo, livres.
A conversa ficou por aí... e nunca mais pensei nisso.
(e ainda me perguntam como consigo ser simpática com os miúdos... o generation gap tem-me feito muita confusão ultimamente.. acho que vou ser uma daquelas velhas rezingonas... boh...)
respondi que ouvia um bocadinho de tudo. Já houve um tempo onde isso bastava para continuar a conversa.
Mas a seguir, perguntaram-me: mas que bandas é que ouves??
respondi que não sabia muito bem, que ouvia muita coisa... que ouvia um bocado de tudo. Mas o que é tudo quando eles te respondem seis e sete bandas diferentes, das quais nunca ouviste falar? Fiquei a pensar nisso...
Depois, na mesma conversa, perguntaram-me: que livros costumas ler?
novamente respondi que lia algumas coisas. Mas maioritariamente fantasia.
E perguntaram-me: que tipo de fantasia?
como é que se explica a alguém com metade da nossa idade que gostamos de livros com "fadas e dragões", enquanto que eles lêem livros "de realidade"? Fiquei outra vez a pensar nisso....
Mais tarde perguntaram-me ainda: o que costumas fazer nos tempos livres?
respirei fundo. e respondi: nada. tempos livres são isso mesmo, livres.
A conversa ficou por aí... e nunca mais pensei nisso.
(e ainda me perguntam como consigo ser simpática com os miúdos... o generation gap tem-me feito muita confusão ultimamente.. acho que vou ser uma daquelas velhas rezingonas... boh...)
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
politics
i don't talk politics. i hate politics.
i hate politicians and people trying to be politicians.
i don't do well in political discussions.
i never know what to say. i never understand what others are saying.
truth is, i don't really care.
i don't talk politics.
i don't do politics.
kind of "i don't do drugs", but clever style.
(i see what you did here...)
i hate politicians and people trying to be politicians.
i don't do well in political discussions.
i never know what to say. i never understand what others are saying.
truth is, i don't really care.
i don't talk politics.
i don't do politics.
kind of "i don't do drugs", but clever style.
(i see what you did here...)
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
i told you to be patient
E acabaram os exames... até Fevereiro... No geral não foi tão mau como se previa.
E lembrei-me que ainda não "apresentei" a casa nova aqui. Amanhã parece-me um bom dia para isso.
E tenho saudades de Madrid.
coisas antes de dormir.. é isto.
Bon Iver - Skinny Love
E lembrei-me que ainda não "apresentei" a casa nova aqui. Amanhã parece-me um bom dia para isso.
E tenho saudades de Madrid.
coisas antes de dormir.. é isto.
Bon Iver - Skinny Love
domingo, 22 de janeiro de 2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
orgulho
não é meu, mas devia partilhar de todas as formas.. porque significa trabalho bom, a ser reconhecido ;)
UC, Alta e Sofia candidatas a Património Mundial da Humanidade
UC, Alta e Sofia candidatas a Património Mundial da Humanidade
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
semana de exames e trabalho
Debatideias fala de mobilidade estudantil internacional
Ciclo de artes plásticas: "Território e Acção"
Académica homenageia Francisco Freixo depois de 50 anos de dedicação
Ciclo de artes plásticas: "Território e Acção"
Académica homenageia Francisco Freixo depois de 50 anos de dedicação
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
SOPA & PIPA
(como não consigo colocar o JS no blogue, não vou deixar de protestar contra esta estupidez americana (mais uma...) para mais informação, vejam aqui: http://sopastrike.com/strike/ e aqui http://sopastrike.com/#how-to-strike. sobre a Fight for the Future, ver aqui: http://fightforthefuture.org/pipa )
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
sábado, 14 de janeiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
BTT - Entrevista - parte 2
But enough about interviewing other people. It’s time I interviewed YOU.
1. What’s your favorite time of day to read?
2. Do you read during breakfast? (Assuming you eat breakfast.)
3. What’s your favorite breakfast food? (Noting that breakfast foods can be eaten any time of day.)
4. How many hours a day would you say you read?
5. Do you read more or less now than you did, say, 10 years ago?
6. Do you consider yourself a speed reader?
7. If you could have any superpower, what would it be?
8. Do you carry a book with you everywhere you go?
9. What KIND of book?
10. How old were you when you got your first library card?
11. What’s the oldest book you have in your collection? (Oldest physical copy? Longest in the collection? Oldest copyright?)
12. Do you read in bed?
13. Do you write in your books?
14. If you had one piece of advice to a new reader, what would it be?
15. What question have I NOT asked at BTT that you’d love me to ask? (Actually, leave the answer to this one in the comments on this post, huh? So I can find them when I need inspiration!)
1. Não tenho nenhuma altura preferida para ler. Já houve um tempo onde lia sempre antes de dormir, já houve também o tempo em que não largava o livro até o terminar, fosse a que horas fosse. Quando tenho tempo, esse tempo é ideal para ler.
2. Pequeno-almoço é altura para correr para o trabalho, para as aulas, para onde for. Se o houver, o que também é raro, não é para ler, é para comer. Prioridades não se sobrepõem.
3. Comida de pequeno-almoço? torradas... sumo de laranja natural... bolachas. Tudo o que normalmente não tenho tempo de comer ao pequeno-almoço.
4. É difícil dizer. Depende do que estiver a ler no momento, posso ler horas e horas seguidas, ou ler apenas um capítulo.... Não há estimativa possível.
5. Leio muito mais agora. Tenho maior capacidade de adquirir livros meus, ao meu gosto, e isso também ajuda. Mas sim, apesar de ter sido a pouco menos de dez anos que comecei efectivamente a "ler", agora leio muito mais.
6. Acho que sim. Quanto mais leio, mais rápido leio. Acho que sou o que se chama o "speed reader". O que não significa que não presto atenção!!! ;)
7. ... talvez o teletransporte, talvez voar, talvez viajar no tempo, talvez ... não sei... algo que me faça andar por aí a passear.
8. Sempre que vou de viagem, sim. Pelo menos um livro vem comigo. Às vezes ando também com um livro atrás, para os tempos mortos, de autocarro ou à espera de uma entrevista no trabalho.
9. Mais do que um tipo de livro, dou o exemplo do último livro que andou comigo: A Vida de Pi, de Yann Martel, ainda à espera de ser terminado.
10. Biblioteca Municipal de Coimbra, cartão arranjado em 2009, com 23 ou 24 anos já. Porque precisava de uns livros para a Tese.
11. O mais longo? não faço ideia... na minha estante diria talvez o primeiro volume d'As Brumas de Avalon, A Senhora da Magia.
12. Normalmente, a maior parte das vezes, quase sempre.
13. Tirando o nome e a data, não escrevo em livros nunca. Tirando uma única excepção, que confirma a regra: livros escolares. Nunca mais me esqueço como ficou a minha cópia d'Os Lusíadas, do Felizmente há Luar!, d'Os Maias (principalmente Os Maias, que nunca mais vi).
14. Não pares. Nunca. A próxima página vai ser ainda melhor.
15. no idea...
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
da semana
Livro da Semana com Constança Rigueiro
Um bom sítio para estudar: Casa da Escrita
Estuário do Mondego é dos menos poluídos da Europa
Um bom sítio para estudar: Casa da Escrita
Estuário do Mondego é dos menos poluídos da Europa
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Somebody that I Used to Know - walk off the Earth
«first i was like "why is everyboby sharing" this song? then i saw the awesomeness» il milone
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
once upon a time
Two people with a common goal can accomplish many things.
Two people with a common enemy can accomplish many more.
(Mr. Gold)
mais UCV
Workshop de Geometria, Mecânica e Controlo para jovens
Livro da Semana com Jorge Canhoto
Exames sem Stresse
Livro da Semana com Jorge Canhoto
Exames sem Stresse
domingo, 8 de janeiro de 2012
aniversário
O blog assinalou dois anos agora no dia 5 de Janeiro.
Parabéns para mim que estou a conseguir manter estes outros monólogos. aweee
Parabéns para mim que estou a conseguir manter estes outros monólogos. aweee
sábado, 7 de janeiro de 2012
BTT - Entrevista, parte I
"Never laugh at live dragons"
J.R.R. Tolkien
Ele nasceu a 3 de Janeiro de 1892 e seria, sem dúvida uma das pessoas com quem gostava de me sentar e conversar. Não creio que com ele fosse preciso uma entrevista formal. Acho que uma conversa, com uma chávena de chá ao lado. Perguntava-lhe se alguma vez imaginou o impulso que ele foi na literatura, se quando escreveu sonhava tornar-se a figura de inspiração de tantos e tantos outros. Se sabia que estava a ser o primeiro? Perguntava-lhe claro, vendo a literatura fantástica actualmente, se houve algo que se perdeu no caminho. Perguntava.lhe ainda qual a opinião dos livros inacabados que deixou, aqueles que o filho, Christopher Tolkien, pegou e editou, se era essa a essência do que queria escrever. E das perguntas que me lembro agora, perguntava-lhe se havia algo mais, algo que ficou por contar. Qual é a história que faltou, que a vida não deixou acabar?
Depois perguntava-lhe, de forma mais pessoal, qual era o mundo mais real para ele: se este, onde vivemos, se o outro, aquele que passou para os livros.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
mesmo de folga...
UC promove encontro de turismo
Newsletter UC - Thiasos e a magia do teatro clássico
Newsletter UC - Thiasos e a magia do teatro clássico
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
novo ano, novas coisas? parece que sim..
Hoje foi dia de regressar ao trabalho. Parece que não mudou nada, mas ao mesmo tempo, já se sabe que falta menos de uma semana para mudar tudo.
É para a semana que vão começar a trabalhar os dois novos estagiários da UCV. Gostamos disso, bastante até. Malta nova é significado de mais trabalho, de mais tempo para projectos, de mais animação por estes lados. E malta nova também é sangue novo, com novas ideias e novas coisas para isto crescer. Nunca escondi que não é isto que quero fazer para o resto da vida. Mas isto, para todos os efeitos, é das melhores coisas que me podiam ter acontecido, há um ano e meio atrás. E enquanto der, tem de se aproveitar ao máximo. E a ver se voltamos a ter duas peças por dia, mais o noticiário!
Com a brincadeira, para a semana mudamos também de casa. Ainda não se sabe o dia oficial da mudança, ao que parece sabe-se que são três dias de "paragem" na produção, enquanto nos mudamos para a Casa das Caldeiras. Pois é. Com novo estúdio, novos gabinetes, nova distribuição... Vai ser precisa uma adaptação grande, é verdade. Porque vamos deixar de ter uma redacção aberta, com tudo à distância de um braço (ou de meia dúzia de passos), para passar a ter gabinetes com as equipas separadas, no terceiro piso e meio (sim, três e meio), com o estúdio na cave, e vamos precisar de subir as Monumentais sempre que houver alguma coisa para filmar na Alta Universitária. Parece-me que é desta que se emagrece rapidinho...!
E noutros trabalhos, noutros projectos, parece que foi mesmo desta que assumi a paixão pela rádio. Na Rádio. Agora vai ser a sério, vai ser a doer. Mas dá-se carta branca, dá-se o benefício da dúvida. A mim e aos outros. Mas vai ser bom, de todas as formas. As eleições são agora, já amanhã, com direito a plenário de sócios - o meu primeiro, visto que sou sócia há apenas um mês, apesar de estar na rádio desde 2006 (sim, estivemos a fazer as contas para trás... tirando o ano de Direcção-Geral da AAC, o meio ano de Erasmus, tirando também aquela fase "negra" da expulsão, são ainda assim uns cerca de quatro anos de rádio. not bad...).
E os exames andam aí. Tive uma boa notícia, é verdade, uma cadeira feita com nada mais nada menos que 19 valores! É assustador, principalmente porque entretanto vêm os exames difíceis, e as expectativas agora estão altas demais... Como estatística. Estamos mesmo à espera que eu faça estatística? claroooo que sim..! Mas está a correr melhor, tenho estudado. E novamente é a próxima semana que vai decidir tudo. Os dois exames antes de estatística pelo menos. Para a semana...
O ano vai ser complicado, verdade. Vai dar imenso trabalho, verdade. Vai ser preciso conseguir conciliar tudo, verdade. Mas acho que vai ser tão bom... esperamos. Daqui por um ano falamos novamente nisso.
É para a semana que vão começar a trabalhar os dois novos estagiários da UCV. Gostamos disso, bastante até. Malta nova é significado de mais trabalho, de mais tempo para projectos, de mais animação por estes lados. E malta nova também é sangue novo, com novas ideias e novas coisas para isto crescer. Nunca escondi que não é isto que quero fazer para o resto da vida. Mas isto, para todos os efeitos, é das melhores coisas que me podiam ter acontecido, há um ano e meio atrás. E enquanto der, tem de se aproveitar ao máximo. E a ver se voltamos a ter duas peças por dia, mais o noticiário!
Com a brincadeira, para a semana mudamos também de casa. Ainda não se sabe o dia oficial da mudança, ao que parece sabe-se que são três dias de "paragem" na produção, enquanto nos mudamos para a Casa das Caldeiras. Pois é. Com novo estúdio, novos gabinetes, nova distribuição... Vai ser precisa uma adaptação grande, é verdade. Porque vamos deixar de ter uma redacção aberta, com tudo à distância de um braço (ou de meia dúzia de passos), para passar a ter gabinetes com as equipas separadas, no terceiro piso e meio (sim, três e meio), com o estúdio na cave, e vamos precisar de subir as Monumentais sempre que houver alguma coisa para filmar na Alta Universitária. Parece-me que é desta que se emagrece rapidinho...!
E noutros trabalhos, noutros projectos, parece que foi mesmo desta que assumi a paixão pela rádio. Na Rádio. Agora vai ser a sério, vai ser a doer. Mas dá-se carta branca, dá-se o benefício da dúvida. A mim e aos outros. Mas vai ser bom, de todas as formas. As eleições são agora, já amanhã, com direito a plenário de sócios - o meu primeiro, visto que sou sócia há apenas um mês, apesar de estar na rádio desde 2006 (sim, estivemos a fazer as contas para trás... tirando o ano de Direcção-Geral da AAC, o meio ano de Erasmus, tirando também aquela fase "negra" da expulsão, são ainda assim uns cerca de quatro anos de rádio. not bad...).
E os exames andam aí. Tive uma boa notícia, é verdade, uma cadeira feita com nada mais nada menos que 19 valores! É assustador, principalmente porque entretanto vêm os exames difíceis, e as expectativas agora estão altas demais... Como estatística. Estamos mesmo à espera que eu faça estatística? claroooo que sim..! Mas está a correr melhor, tenho estudado. E novamente é a próxima semana que vai decidir tudo. Os dois exames antes de estatística pelo menos. Para a semana...
O ano vai ser complicado, verdade. Vai dar imenso trabalho, verdade. Vai ser preciso conseguir conciliar tudo, verdade. Mas acho que vai ser tão bom... esperamos. Daqui por um ano falamos novamente nisso.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Começar o ano, com a crise
Geração André
01/01/2012 por Filipe Mendonça, Jornalista
25 de Dezembro. Foi o último dia do André na redacção. Sentou-se à mesa, no bar, como se fosse ficar ali para sempre. Como se aquela fosse a sua casa. Como se a dedicação e o brilhantismo de seis meses de estágio fossem suficientes para garantir um lugar entre nós.
O André foi o melhor estagiário que passou por aquela redacção desde que cheguei. O André trabalhou dia e noite, fez sábados, domingos e feriados. Dispensou folgas, esqueceu horários, correu, transpirou, apanhou chuva, frio e voltou sempre com aquele sorriso de quem ama o jornalismo. O André fez reportagens brilhantes: entrevistou ministros, pescadores, sem-abrigo, artistas de circo, sempre com o mesmo rigor, a mesma dedicação, o mesmo profissionalismo. O André aprendeu a editar, a legendar, a sonorizar e a escrever como poucos. O André será um grande jornalista deste país, se o país deixar. O André foi-se embora no dia de Natal, depois de mais uma jornada de intenso trabalho na redacção. Acabou o estágio.
A crise. A crise. A “crise diz” que não há espaço para o André numa empresa com nove milhões de lucro. O André não é bom. O André é muito bom. Mas ser muito bom não chega num país liderado por medíocres. E é este o drama da geração do André. Esqueçam esse eufemismo da “geração à rasca”. Esta é a geração sem futuro num país liderado por uma geração parida pelas “vacas gordas” do cavaquismo à qual o guterrismo deu de mamar. É esta, sim. É esta a geração que mostrou o rabo indignada contra o aumento de meia-dúzia de tostões nas propinas. Tão rebeldes que eles eram.
Chegou ao poder a geração do “baixa as calças”, a geração jota. É a mesma coisa. Quando não havia emprego, sobrava o partido. Quando não havia partido, sobrava o amigo do partido, ou uma sociedade de advogados. E foi andando assim, nos anos loucos do Portugal do “Progresso” de Cavaco Silva, ou no país da “Razão e Coração” de Guterres. Foi-se o Progresso, ficou o monstro do Estado cheio de parasitas. Faltou a razão e o coração começou a vacilar. Já instalada nos corredores do poder, a geração habituada a baixar as calças, indignada claro, calou-se e deixou-se embalar. O poder… O poder ali tão perto.
Subscrever:
Mensagens (Atom)