sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ainda sobre livros

Parece estranho que demore quase uma semana a ler um livro (mesmo sendo ele interessante), enquanto que em meia dúzia de horas devoro um outro, com o dobro do tamanho. Será porque há géneros dentro do género? Ou por causa do autor em si? Claro que pode ser a história, que já vem de outra história, que me prendeu há já muito tempo.

Estou a comparar, claro, o tempo que demorei a terminar o quarto volume da Saga dos Otori (O Voo da Garça, de Lian Hean) que foi aproximadamente o mesmo tempo de ler Wicked Lovely (Frágil Eternidade, de Melissa Marr), O Regresso do Assassino (Dilemas do Assassino, de Robin Hobb), A Vidente de Sevenwaters (Juliet Marillier) e o Despertar do Crepúsculo (Anne Bishop). Sim, um livro contra quatro, eu sei a estranheza da situação. Mas o pior é que me debato ainda com a ideia de que demorou precisamente o mesmo tempo ler todos estes acima comparando com o Máscaras de Matar (Léon Arsenal).

Marillier e Bishop são, de longe, das minhas autoras preferidas, logo aí são pontos a favor. As histórias que contam já me prenderam há muito tempo e sempre que sai um novo volume, sei que me vão prender novamente em meia dúzia de páginas. Mas depois aparecem Hobb e Marr, autoras que não conhecia antes e que têm livros tão diferentes que espanta. Hearn também foi uma surpresa, confesso que gostei de ler a trilogia. Mas não sei se é a cultura japonesa intrínseca na história, não sei se não era o cansaço da obrigação de ler o quarto volume (sim, 4 livros numa trilogia. Mas faltava muita coisa ser dita no final do terceiro livro e o quarto era essencial para se por uma pedra nos assuntos pendentes). Até mesmo o volume zero que surgiu entretanto ainda tenho de o pensar bem, porque me causa um bocado urticaria.

Não gosto de ficar dias e dias seguidos para ler um livro. Isso significa que a história não me prende. Que me canso. Que estou a perder o hábito de ler um capítulo por noite (que se torna sempre em mais capítulos por noite). Quando um livro demora muito tempo, chego a pegar noutros ao mesmo tempo, que acabo, releio, esqueço. E aqueles continuam ali, parados.

Tenho de parar de comprar livros, senão vai acontecer o mesmo do cinema. Vou estar tão farta das mesmas histórias que já nada me vai surpreender. Já não vai haver risos nem lágrimas no fim. Já não vai haver o olhar vidrado para a estante. Tenho de os parar de comprar antes que esgote a fantasia.

Claro que posso sempre mudar de género preferido, e começar a ler outros tipos de livro. Mas nunca seria a mesma coisa...


ufa.. isto é que foi um desabafo..

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