quarta-feira, 17 de novembro de 2010

sou mestre.

e o que é que isso me dá de novo? nada.
amanhã tenho de acordar igual, as 9 horas, para ir trabalhar. começar uma rotina parva de reuniões, filmagens, edições. saber que estive fora um dia (UM DIA!) e tudo mudou, com outras reuniões, outras filmagens, outras edições.
amanhã é outro dia igual, ou quase igual. outra vez.
sim, estive numa roda como já não estava há muito tempo. reaproximei-me (e quase me arrependi de me ter afastado antes). senti apoio, segurança, família. finalmente pareceu que estava no meu lugar. outra vez. mas a roda faz-me lembrar sempre. que há sempre uns melhores que outros. uns que valem mais, que gostam mais, que se fazem gostar mais. parvoíce ridícula. não sei fingir altruísmo quando não o tenho. estou contente, claro que estou contente. mas isso quer dizer o quê? nada. agora passam a chamar-me doutora (já chamavam, mas pronto). não o sou. ainda não. e tão depressa também não quero ser. o que eu queria mesmo era sair daqui. como se já tivesse dado tudo, tentado tudo, feito tudo o que tinha para fazer... correndo o risco de soar mesmo um pouco convencida, como se já tivesse aprendido tudo o que havia aqui para aprender (claro que não é verdade, mas estados de espírito não são para serem percebidos, são para atirar cá para fora, mesmo que não tenham qualquer significado adjacente).
hoje pensava que era um virar de página.
e novamente sinto que é como se não tivesse mudado nada.
amanhã é só mais um dia igual. outra vez...

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