rever o que está para trás pode ser bom e pode não o ser.
há coisas que exprimem exactamente o que sinto, há outros que picam nos olhos, com aquela vontade de chorar. com as saudades. há os que sei exactamente do que falam, outros que ainda tenho de esforçar-me um bocado para lembrar. e depois, tão depressa como um piscar de olhos, já não havia mais para ler. não havia mais atrofios, nem desabafos. a vida de uma pessoa cabe em meia dúzia de linhas, espalhadas por um qualquer blogue idiota que (apesar do que está escrito) não tem só três anos. e ouvir as músicas de novos, rir-me de mim. as músicas que querem dizer tudo mas não dizem absolutamente nada.
e os outros todos. as outras todas. os nervos à flor da pele. os estoiros de sinceridade amarga, as verdades que só foram ditas aqui mas deviam ter sido gritadas aos ouvidos. e as lágrimas, outra vez as lágrimas. as saudades dos tempos, das brincadeiras, da velhice absurda que já sentia antes, muito antes do hoje. gostava de poder dormir, para afastar todos os pesadelos do passado. mas os pesadelos surgem sempre naquela hora, entre o sono e o acordar. a cada novo dia sinto-me mais velha, mais pesada, mais insensata. mais os outros e menos eu própria.
enfim, estive a ver o que estava para trás. a ver se durmo. o meu mal é (sempre) sono.
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